A fotografia científica é bastante usada com o objetivo de divulgar resultados de pesquisas científicas ou ilustrar fenômenos descritos em livros de maneira didática.
Ela é usada desde a invenção da fotografia no século XIX. Quando ela surgiu, era bastante usada na astronomia. No entanto, ela é utilizada em diversas outras áreas, como:
- Matemática;
- Biologia;
- Química;
- Odontologia.
Essa estratégia segue o velho ditado que diz que “uma imagem vale mais do que mil palavras”.
Dessa forma, fica muito mais fácil de entender e assimilar o conteúdo de determinadas áreas do conhecimento.
Você já sabe o que é fotografia de produto? Então, acesse esse guia completo que fizemos para você!
Índice
Confira agora tudo o que você precisa saber sobre fotografia científica:
O que é fotografia científica?
A fotografia científica nada mais é do que um registro fotográfico de temas muito pequenos, distantes, rápidos ou difíceis de serem enxergados a olho nu.
Dessa forma, ela registra aspectos físicos e ecológicos de ambientes naturais e seres vivos, por exemplo.
Um dos grandes objetivos da fotografia científica é tentar aproximar a ciência da sociedade, deixando em evidência aspectos científicos que muitas pessoas julgam ser complicados.
Esse mercado tem bastante potencial, visto que parte do processo de ensino-aprendizagem é feito através de imagens.
Tipos de fotografia científica
Existem diversos tipos de fotografia científica. Confira abaixo alguns deles:
Fotografia com microscópio
A fotografia científica com microscópio também é conhecida como microfotografia, ou seja, uma foto muito pequena.
Esta consiste em uma técnica de cliques de imagens ampliadas através de lentes ópticas bastante poderosas que permitem a observação de detalhes de estruturas que não são visíveis a olho nu, como microrganismos e células.
Macro: registro de fenômenos físicos, químicos e pequenos organismos
A macrofotografia nada mais é do que o registro de pequenas coisas. Nela, as imagens mostram e valorizam pequenos detalhes que não são muito perceptíveis à visão humana.
Quando o assunto é fotografia científica macro, é muito comum relacionar esse assunto a fotos de plantas e insetos. No entanto, não existe limitação do que pode ser fotografado nessa técnica.
Para que uma foto seja considerada macro, o tamanho do seu assunto precisa ter uma proporção entre 1:1 e 10:1. Ou seja, isso acontece quando os detalhes da sua imagem for 10x maior do que o real. Uma proporção acima de 10:1 já é considerada microfotografia.
Fotografia de animais selvagens
A fotografia de animais selvagens normalmente é feita à distância, a fim de garantir a segurança do fotógrafo e a naturalidade da cena.
Afinal, se posicionar muito perto de tigres, leões e outros animais selvagens não é uma atividade muito segura.
Então, para isso, os profissionais da área fazem uso de lentes de longo alcance e altas velocidades de obturação para conseguir captar o movimento dos animais.
Além disso, existe outro tipo de fotografia que é bastante comum nessa área que é feita com lente macro.
Assim, esses cliques são realizados com distâncias bem reduzidas para conseguir revelar detalhes da natureza, como o pólen de uma flor e os olhos de um inseto.
Fotografia da flora
No início, o objetivo da fotografia da flora registrar a natureza para representá-la de maneira fiel. Esse tipo de fotografia funciona como ferramenta para o desenvolvimento de diversos tipos de estudos, como:
- Instrumento de pesquisa;
- Suporte para o ensino;
- Memória de dados;
- Divulgação de resultados de pesquisas.
Levantamentos fotográficos da flora são muito importantes para que haja identificação de variações qualitativas e quantitativas sobre a ação do homem de maneira localizada, além das mudanças globais.
Ao se comparar essas fotografias, é possível realizar uma análise sobre as mudanças ambientais na área.
Ou seja, existe um controle ambiental baseado nas fotos que foram tiradas. Além disso, imagens periódicas de um determinado local mostram a degradação do ambiente.
Termografia
A termografia é uma técnica que possibilita o mapeamento de um corpo ou de uma região específica com o objetivo de distinguir áreas de diferentes temperaturas.
Assim, essa técnica permite que haja a visualização da luz dentro de um espectro infravermelho.
Ela é usada para muitos fins, podendo ser aplicada na meteorologia, instalações elétricas e na área médica para diagnóstico de tumores, por exemplo.
Esse método não mostra anormalidades anatômicas, mas evidencia mudanças fisiológicas.
Os aparelhos usados para a realização dessa técnica são capazes de localizar problemas através de um dispositivo bastante sensível, capaz de capturar energia em forma de calor que é emitida pelo corpo.
Assim, o detector é capaz de converter essa energia em uma imagem visível e de alta resolução para que ela possa ser devidamente analisada.
Além disso, a termografia é capaz de detectar pontos de aquecimento antes que eles possam causar algum tipo de problema.
Os resultados são semelhantes a uma fotografia, sendo necessário que o profissional tenha total controle sobre o equipamento, a fim de obter um ótimo resultado final.
Astrofotografia
Existem quatro tipos de astrografia que você confere a seguir:
1. Deep space
Essas fotos são tiradas através de um telescópio de objetos que consegue captar imagens além do nosso próprio sistema solar. As imagens impressionantes que existem de outras galáxias distantes são realizadas com o deep space e é a maneira mais difícil e técnica da astrofotografia.
2. Sistema Solar
Estas representam as fotografias tiradas dos planetas, lua e sol de nosso próprio sistema solar. Aqui, a maioria das imagens também é feita através de um telescópio. No entanto, uma super teleobjetiva em uma câmera DSLR também apresenta resultados muito bons.
3. Astrofotografia de campo amplo
Estas fotos são tiradas com uma câmera DSLR e lente que possua um amplo campo de visão. Nessa categoria estão as imagens feitas de um céu estrelado ou trilhas de estrela acima de uma paisagem. A astrografia de campo amplo é a forma mais acessível de se realizar a astrofotografia.
4. Astrofotografia Time lapse
Esse tipo é uma extensão da astrofotografia de campo amplo. O que os diferencia é que você precisa tirar muitas exposições ao longo do tempo para depois combiná-las, a fim de realizar um vídeo time lapse. Você também pode usar essa técnica para fazer uma foto de fuga da estrela.
Como é o mercado de trabalho na fotografia científica?
O mercado de trabalho para o fotógrafo de imagens científicas ainda tem muito para ser explorado.
Principalmente porque ele está relacionado a temos como fotografia por satélite, fotografia aérea, astrofotografia, microfotografia e macrofotografia, tendo um grande campo de atuação.
Independente do gênero da foto, pode-se considerar fotografia científica as imagens que estão em diversos materiais de divulgação científica e trabalhos científicos de variadas áreas do conhecimento, como física, geologia, biologia, odontologia e medicina.
Porém, apesar da fotografia ser usada em quase todos os trabalhos científicos, a interação entre profissionais pesquisadores e fotógrafos no Brasil ainda é um pouco falha.
Na maioria dos casos, a pesquisa no Brasil acontece dentro de universidades. Dessa forma, um pesquisador brasileiro normalmente é um professor-pesquisador comprometido a receber apenas pelas suas atividades universitárias.
Isso acaba impedindo, por exemplo, que esse mesmo professor possa vender suas atividades fotográficas.
Fotógrafos que não são pesquisadores
Porém, profissionais da fotografia que não são pesquisadores também podem colaborar com acadêmicos. Basta que esses fotógrafos participem de projetos de pesquisa que possibilitam a contratação de serviços de terceiros.
É muito importante que esses profissionais tenham conhecimentos básicos da área que desejam retratar, a fim de facilitar o diálogo com os pesquisadores.
Fotografia não-acadêmica
Além da área acadêmica, existem áreas onde o profissional da fotografia pode atuar como autônomo ou contratado de alguma empresa, como é o caso da fotografia de animais selvagens e da astrofotografia.
Ou seja, existem muitas oportunidades nesse ramo de atuação.
Concursos de fotografia científica
Existem diversos concursos de fotografia científica que você pode participar. Confira alguns deles:
CNPq
Estudantes, pesquisadores e docentes envolvidos em pesquisas podem participar do Prêmio de Fotografia – Ciência & Arte, que é promovido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Esse concurso visa incentivar a produção de imagens sobre Tecnologia, Ciência e Inovação. Dessa forma, docentes, pesquisadores e estudantes (brasileiros ou estrangeiros que possuam visto permanente no Brasil) podem participar com uma imagem que esteja associada ao trabalho de pesquisa ao qual esteve ou esteja associado. O prêmio é de R$ 30 mil.
Fotciencia
O Fotciencia é um concurso internacional de fotografia, promovido pelo Conselho Superior de Pesquisas Científicas e pela Fundação Espanhola de Ciência e Tecnologia.
As imagens participantes precisam estar relacionadas com as pesquisas científicas e suas respectivas aplicações industriais e tecnológicas, a fim de refletir o objeto de estudo de tal atividade.
O concurso tem dois vencedores, recebendo 1.500 euros cada. As inscrições são gratuitas.
Cursos de fotografia científica
Conheça abaixo alguns dos cursos de fotografia científica:
FAMATH
O curso de introdução à fotografia científica da Faculdade Maria Thereza tem como objetivo capacitar o aluno nas técnicas que envolvem esse tipo de clique.
Esse ramo da fotografia é uma ferramenta muito importante nas Ciências Biológicas, já que pode ser usado para exemplificar alguma estrutura ou fenômeno, além de ser um instrumento metodológico em pesquisas científicas.
Então, é fundamental que os profissionais da área saibam manusear câmera, além de conhecer as técnicas fotográficas para conseguir obter boas imagens, por exemplo.
Ao final do curso, o aluno se torna capaz de compreender as diferentes técnicas da fotografia, entende o funcionamento de seu equipamento, aprende a se relacionar os princípios básicos de fotografia.
Instituto Butantan
O curso do Instituto Butantan é voltado para profissionais e acadêmicos dos cursos de Biociências e Biomédicas, Educação Ambiental, professores e todas as pessoas que se interessem nessa área.
Com uma programação completa envolvendo aulas teóricas e práticas, o curso aborda diversas técnicas básicas da área de fotografia, tratamento de fotos, equipamentos, além de introdutórias sobre técnicas específicas de fotografia de serpentes, aves e anfíbios.
A parte prática do curso envolve saídas de campo dentro do Parque do Instituto Butantan mais noções de tratamento das imagens que forem clicadas pelos próprios alunos.
Galeria: incríveis imagens de fotografia científica para se inspirar
É muito importante que você se inspire em belas fotos científicas, a fim de poder começar nesse ramo com o pé direito! Então, veja algumas belas imagens abaixo:
Conclusão
Agora você já sabe tudo sobre fotografia científica!
Esse tipo de fotografia é o registro fotográfico de temas muito pequenos, distantes, rápidos ou difíceis de serem enxergados. Assim, ela é responsável por registrar aspectos físicos e ecológicos de ambientes naturais e seres vivos, por exemplo.
Um dos maiores objetivos desse tipo de foto é tentar aproximar ao máximo a ciência da sociedade, evidenciando aspectos científicos que muitas pessoas acham que são complicados, mas são mais simples do que elas pensam.
Esse mercado tem bastante potencial de crescimento, visto que parte do processo de ensino-aprendizagem é feito através de imagens.
Existem vários ramos de foto científica, como:
- Fotografia com microscópio;
- Macro: registro de fenômenos físicos, químicos e pequenos organismos;
- Fotografia de animais selvagens;
- Fotografia da flora;
- Termografia;
- Astrofotografia.
Neste artigo, você encontrou tudo o que precisava saber sobre fotografia científica. Agora, é só se inspirar, configurar o seu equipamento e começar a clicar!
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