Para os iniciantes, ela pode parecer um bicho de sete cabeças, mas a fotometria é a base da fotografia e é mais simples de entender do que você imagina!
A palavra fotografia vem do grego, “foto” que representa “luz” e “grafia” que significa “escrever”. Sendo assim, a luz é o grande pilar da arte de fotografar.
O papel da fotometria é medir a luz do ambiente ou objeto que será fotografado. Sem uma luz adequada, não existe foto!
Conhecer os conceitos da fotometria e aprender a usá-la como uma ferramenta é essencial para trilhar sua jornada como um fotógrafo profissional e diferenciado no mercado.
Leia também “9 Técnicas de Fotografia para Fotos Incríveis e Profissionais” para aprender mais truques essenciais com sua câmera!
Aprender a fotografia envolve muita prática e treino, mas a teoria é essencial para entregar um resultado único.
Dedique-se a aprender mais sobre a fotometria e prepare o terreno para criar suas próprias técnicas de fotografia.
Índice
- O que é Fotometria?
- Abertura X ISO X Velocidade
- Fotômetro
- O que é a Exposição e os Pontos de Luz na Fotografia?
- Modos de Medição de Luz
- Compensação de Exposição (EV +/-)
- Fotometria e Histograma
- Conclusão
O que é Fotometria
Em poucas palavras, a fotometria é a medição da luz. Por mais moderna que pareça, a técnica é usada desde o período das câmeras analógicas.
Como a luz é o grande material de construção para uma fotografia, é importante que a luz capturada não seja fraca ou forte demais, ela precisa estar em perfeita harmonia com todo o cenário.
Por mais que a fotografia artística permita que cada um se expresse, a fotometria serve como base para capturar a imagem da forma mais nítida possível.
Para ter total autonomia e controle sobre a sua imagem, é preciso compreender os fatores que constroem a análise da fotometria e como eles podem direcionar a luz para a sua visão ideal!
Abertura X ISO X Velocidade
Conhecidos como os 3 pilares da fotografia, a abertura do diafragma, a sensibilidade ISO e a velocidade do obturador são as ferramentas utilizadas para alcançar a fotometria ideal na sua foto.
Eles formam uma equipe perfeita em que cada elemento complementa o outro para funcionar da melhor forma. Entenda melhor o papel de cada um na fotografia:
Abertura do diafragma
Nas câmeras, ela é mais conhecida como “valor f/x”. O número da abertura define o quão aberta a lente está para captar luz ao sensor do aparelho.
Quanto maior a abertura, mais luz é captada pelo mecanismo da câmera. Entretanto, os diâmetros maiores correspondem aos números menores na configuração. Exemplos de grandes aberturas são os números f/2, f/4 e f/5.6.
Além da luminosidade, a ferramenta também determina a profundidade de campo, que corresponde ao alcance do foco. Quanto maior a abertura, menor é a profundidade de campo, ou seja, mais desfocados ficarão os objetos à frente ou atrás do seu item principal.
Sensibilidade ISO
O valor ISO corresponde à sensibilidade do sensor à luz do ambiente. Quanto maior o ISO, mais luz ele captura, o que é ideal para ambientes com pouca luminosidade.
Entretanto, um ISO muito alto gera ruídos na foto, que são pixels em diferentes tons que tornam a imagem granulada.
Geralmente, essa característica é tida como um defeito, mas há quem use do recurso como um efeito artístico e original para o clique final.
Velocidade do obturador
Também conhecido como tempo de exposição, este elemento regula o tempo em que o sensor abre, captura a luz e depois fecha.
Quanto maior o valor da velocidade, mais rápido o obturador se fecha e menos luz ele captura. A velocidade alta é recomendada para fotos em movimento, já que diminui muito a probabilidade de tremores na imagem.
Longos períodos de exposição capturam mais luz, mas requerem mãos firmes ou até mesmo tripés para uma imagem nítida e limpa.
Fotômetro
O grande mecanismo responsável por medir a quantidade de luz que sua câmera está captando é o fotômetro.
O fotômetro registra a luminosidade que chega ao sensor e calcula o brilho de acordo com as configurações que você aplicou.
Ele apresenta estes dados em uma régua que aparece no visor da câmera. Quando a régua aponta valores negativos, significa que a imagem está escura demais.
O ideal é que o medidor esteja o mais próximo do centro da régua, evitando um clique escuro ou claro demais.
A maioria das câmeras digitais já possui o aparelho embutido, mas ele também pode ser utilizado separadamente, o que era mais comum na época das câmeras analógicas.
Fotômetro da Câmera
Na função automática da câmera, o fotômetro embutido imediatamente faz todos os ajustes para que a fotometria fique ideal.
Entretanto, a função manual te dá mais controle e conhecimento sobre a foto. Talvez você perceba que seja melhor alterar o valor da abertura do que da velocidade para clicar, o que não seria possível perceber no modo automático.
É preciso ter cuidado ao medir a fotometria de paisagens ou objetos claros demais, estes tipos de tons de branco costumam confundir o fotômetro automático, resultando em uma imagem escura demais.
Fotômetro Externo
O fotômetro externo é muito parecido com um controle remoto. Diferente do fotômetro embutido, ele captura a luminosidade sobre o item principal da foto.
Para realizar a fotometria com este aparelho, é preciso se aproximar do objeto que será fotografado e medir a quantidade de luz sobre ele.
Este tipo de análise resulta em imagens mais precisas, mas é indicado para ensaios realizados em estúdio com uma iluminação fixa. Ao ar livre, a luz está constantemente em movimento, o que exige diversas medições da fotometria.
O que é a Exposição e os Pontos de Luz na Fotografia?
A exposição representa a quantidade de luz que o sensor da câmera está capturando de acordo com todos os ajustes que você escolheu.
Observando a régua do fotômetro podemos ver valores de exposição como -2, -1, 0, +1 e +2. Cada um deles representa a quantidade de pontos de luz que a sua imagem está capturando.
Quando trabalhamos com valores positivos, como o +1, podemos dizer que está acontecendo uma superexposição, em que o sensor está capturando o dobro de luz do que o valor ideal (0).
Já quando usamos um número negativo, como o -1, estamos criando uma subexposição, onde apenas metade da luz está sendo capturada em comparação ao valor ideal de 0.
Modos de Medição de Luz
Cada um dos modos de medição de luz faz uma leitura diferenciada do cenário ou objeto que você quer fotografar.
As câmeras digitais costumam possuir 4 modos diferentes integrados no sistema. Aprenda a utilizar cada um da melhor forma possível para fazer a fotometria perfeita!
Medição Matricial
Considerada como o modo padrão de todas as câmeras, a medição matricial faz uma leitura geral do cenário, captando a luz de todo o ambiente.
Este tipo de medição também é selecionado quando o fotômetro está no modo automático.
Quando usar?
A medição matricial é ideal para imagens que não possuem muitas diferenças de contrastes e que serão clicadas em ambientes bem iluminados.
Por ler a cena como um todo e não em áreas separadas, sombras ou luzes muito fortes podem confundir o sensor e desequilibrar a fotometria neste modo de medição.
Medição Ponderada ao centro
Esta função mede precisamente a exposição do centro da imagem. A medição central dá pouca importância à iluminação ao redor do objeto.
Quando usar?
Para medir a fotometria de retratos e objetos em destaque, a medição ponderada ao centro é ideal.
Por mais que o cenário mais distante do ponto central não seja tão considerado nesta medição, é possível criar a harmonia perfeita entre o ponto de foco da imagem e todo o cenário.
Medição Pontual
Ainda mais precisa do que a medição central, essa função lê precisamente um ponto restrito da imagem. Como ela considera um campo curto de exposição, cria fortes sobrexposições e subexposições de luz nas áreas do ambiente que não foram medidas.
Também pode ser utilizada pelo fotógrafo como uma forma de analisar os diferentes tipos de iluminação em um cenário. É só apontar a lente para diferentes pontos e medir a diferença de fotometria entre cada um deles.
Quando usar?
Ela é ideal para medir objetos que estão rodeados por muita escuridão ou luz, como a Lua no céu noturno.
Eventos como shows e espetáculos, em que a iluminação sobre os modelos é bem forte, a medição pontual também faz toda a diferença!
Medição Parcial
Um pouco mais ampla que a medição pontual, esta técnica considera um espaço um pouco maior do centro da imagem, desconsiderando o resto do cenário.
Quando usar?
A função é perfeita para fotos em grupo, em que os elementos principais da imagem estão um pouco além do centro, mas não necessariamente ocupando o enquadramento inteiro.
É preciso tomar cuidado para não deixar ninguém fora do campo de leitura da medição parcial, já que a pessoa pode sair em uma outra iluminação no clique final.
Compensação de Exposição (EV +/-)
Mesmo depois de aprender sobre fotometria, 3 pilares da fotografia e pontos de luz, ainda é possível que você se depare com um cenário em que o fotômetro simplesmente nunca chegue ao valor ideal.
Para entender como utilizar a compensação de forma correta, é preciso entender como a lente enxerga os cenários que fotografamos.
As câmeras são programadas a ler tons de cinza, o que significa que pontos predominantemente brancos ou pretos acabam confundindo o sensor.
Desta forma, ele não reconhece a verdadeira iluminação do ambiente e entrega uma imagem clara ou escura demais.
Nestes casos, a compensação de exposição pode ser utilizada para informar para a câmera que precisamos acrescentar um ponto de luz negativo ou positivo, mesmo que isso seja errado segundo os parâmetros que ela mediu.
Quando você fotografa no modo manual, é possível fazer este tipo de ajuste por meio da velocidade, abertura ou ISO. Por isso, a compensação é indicada para iniciantes ou quando você está usando a câmera no modo automático.
Entretanto, é preciso tomar cuidado! Ao aumentar ou diminuir pontos de luz, a compensação pode estar alterando valores que interferem na sua fotografia.
Por exemplo, se você precisar de iluminação e o sistema diminuir a velocidade para capturar mais luz, é provável que sua foto fique tremida.
Fotometria e Histograma
O histograma é uma análise da iluminação presente na imagem por meio de um gráfico. Pode parecer um pouco complicado de ler esta representação, mas nós vamos te guiar!
Nas câmeras digitais é possível consultar o histograma de acordo com o manual de instruções de cada aparelho.
A linha horizontal indica a luminosidade, os números vão de 0 a 255, o primeiro representa o preto e o último é o branco.
Verticalmente, o gráfico mede quanto espaço a luminosidade está ocupando na imagem. Os números vão de 0 a 100 e correspondem a dimensão do determinado tom de cor dentro do enquadramento.
A grande importância de aprender a ler um histograma é que você pode descobrir quanta luz realmente foi capturada na sua imagem.
Com esta ferramenta, você pode identificar problemas no monitor da sua câmera ou até mesmo no modo como você imprime as suas fotos.
Conclusão: Fotometria na Fotografia Profissional
Luz não é uma das palavras que originou o conceito da fotografia à toa! Sem luz, não há como capturar momento algum.
Com a fotometria, é possível compreender como a iluminação transforma a sua imagem. Assim, você pode utilizar os recursos da câmera para trazer a luz ao seu favor.
Além de ensinar a capturar a imagem perfeita, a fotometria te dá base para experimentar com diferentes tipos de luminosidade.
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E você, está pronto para praticar a fotometria nos seus próximos cliques? Deixe um comentário nos contando tudo e não esqueça de avisar se ficou com alguma dúvida!